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Outubro Rosa



OUTUBRO ROSA

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, tanto no Brasil como no mundo, perdendo em número apenas para o câncer de pele não melanoma. Além da alta incidência, outro fator que torna o câncer de mama uma preocupação e alvo de políticas de prevenção, é a mortalidade relacionada à doença. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) a estimativa de novos casos em 2016 é de 57.960 casos e a mortalidade em 2013 foi de 14.206 (181 homens e 14.206 mulheres) mortes. Sua incidência é relativamente rara antes dos 35 anos, mas aumenta progressivamente a partir dessa idade, principalmente após os 50 anos. Pode também acometer os homens, apesar de ser uma situação rara, representando cerca de 1% do total de casos da doença.

O câncer é o resultado de um crescimento descontrolado de uma célula do tecido mamário, geralmente a partir dos ductos mamários (canais que ligam a glândula ao mamilo) ou dos lóbulos (parte secretora de leite). Se demoramos para descobrir e tratar a doença, o tumor formado pelo crescimento das células cresce cada vez mais e pode se espalhar para outros órgãos do corpo. Aqui está a importância de descobrirmos o tumor o mais cedo que pudermos.

O câncer de mama é uma doença multifatorial, ou seja, são vários fatores que contribuem para o seu desenvolvimento. Entre eles: idade, fatores endócrinos, história reprodutiva, fatores comportamentais, fatores ambientais e fatores genéticos/hereditários.

A prevenção do câncer consiste em agir nos fatores que causam essa doença, ou pelo menos agir nos fatores que temos como controlar, para diminuir a chance do seu desenvolvimento. O estilo de vida é um dos principais fatores modificáveis no qual podemos atuar! Os hábitos da sociedade moderna mudaram muito nas últimas décadas e as mulheres passaram a adotar mais hábitos prejudiciais à saúde, como o consumo de bebidas alcoólicas, o tabagismo, uma má alimentação e o sedentarismo. Pesquisadores membros da Sociedade Brasileira de Mastologia concluíram um estudo que mostra que o risco de câncer de mama aumenta consideravelmente em mulheres que apresentam excesso de gordura corporal especialmente na região abdominal. Outro fator que sofreu bastante alteração com o passar dos anos foi a maternidade; as mulheres estão engravidando mais tarde, um menor número de vezes e amamentando por um período menor de tempo, diminuindo um dos fatores de proteção contra o câncer de mama.

Atualmente o câncer de mama tem 95% de cura quando detectado precocemente, e aqui está o papel da mamografia e da campanha do OUTUBRO ROSA, que visa conscientizar as mulheres da importância da realização desse exame, que é o único com comprovação científica de impacto na redução da mortalidade da doença! O câncer de mama pode não apresentar nenhum sinal ou sintoma aparentes. A mulher deve, no entanto, procurar o mastologista em casos de nódulos (caroços) sentidos os vistos na mama, vermelhidão, alteração da aparência da pele, endurecimento da pele, áreas mais inchadas na mama, feridas, coceiras, saída de líquido de forma espontânea (sem apertar) do bico do peito de cor transparente ou vermelha.

O autoexame das mamas é uma ferramenta complementar aos outros métodos de detecção precoce e de prevenção, pois incentiva o auto-cuidado e motiva a mulher a procurar um médico para avaliação. Porém, uma vez que conseguimos sentir o tumor, geralmente é um sinal de que ele não está mais em fase tão inicial assim. É uma ferramenta auxiliar nas mulheres que possuem as mamas muito densas (com muito tecido de glândula mamária), pois esse padrão de tecido mamário dificulta encontrar lesões na mamografia, e para população que não tem acesso aos métodos de rastreamento.

A mamografia consegue detectar lesões que ainda não apresentam nenhum sintoma físico e que ainda não são sentidas pela mulher ou pelo médico durante o exame das mamas. Mas cuidado, a mamografia é um exame sensível (consegue ver muitas lesões) mas não tão específico (a maioria das lesões não é câncer), por isso não se desespere se seu exame vier alterado! A suspeita levantada pela mamografia pode ser seguida de diferentes formas, dependendo do grau de suspeição de ser ou não uma lesão maligna. Quando necessário, uma biopsia pode ser realizada para confirmar a natureza da lesão encontrada. Toda mulher deve fazer mamografia! Quando começar e quando parar o rastreamento deve ser discutido com seu médico. A sociedade Brasileira de Mastologia preconiza a realização de exame anual a partir dos 40 anos.

Recentemente, surgiram matérias relacionando a mamografia ao aumento do número de câncer de tireoide, trazendo desconforto e dúvida para as pacientes, mas não existem dados consistentes que demonstrem essa relação. O colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia publicaram uma nota em relação a isso mostrando que a dose de radiação que a tireoide recebe durante uma mamografia é extremamente baixa (menor que 1% da dose que a mama recebe) e é equivalente a 30 minutos de exposição à radiação recebida de fontes naturais. Dessa forma, o risco de indução de câncer de tireoide relacionado à mamografia é insignificante (menos de 1 caso a cada 17 milhões de mulheres que realizarem mamografia anual entre 40 e 80 anos). Além disso, o uso de protetor de tireoide pode atrapalhar o posicionamento da mama durante a realização do exame, podendo diminuir a qualidade da imagem e interferir no diagnóstico das lesões mamárias.

Devemos aproveitar a campanha e conscientiza as mulheres sobre a importância do auto-cuidado! A importância de prestarmos atenção e modificarmos nossos hábitos alimentares, praticarmos exercícios físicos e cuidarmos da nossa saúde física e emocional. Essas medidas previnem outras doenças que não só o câncer e impactam na qualidade de vida e na produtividade em geral!

Dra Ana Maria Kemp

www.kemp.med.br

[email protected]

Ginecologista e Obstetra com especialização em Mastologia e oncoplasita mamária – Pela Irmandade da Santa Casa de São Paulo

Titulo de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia – Pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

Título de Especialista em Mastologia – Pela Sociedade Brasileira de Mastologia

Pós Graduação em Mastologia (em andamento) – Pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Pós Graduação em Acupuntura (em andamento) – Center AO


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